Vichy merece mais um post



Quando eu soube que viria para Vichy no primeiro mês na França, eu entrei no Google e descobri que a cidade tinha 25 mil habitantes. Pronto: eu ia morar no fim do mundo. E de um mundo pequeno, além de tudo...

Mas a cidade surpreende. É charmosa, acolhedora (antes das 19:00, depois parece uma cidade fantasma depois do toque de recolher). Cheia de casas e prédios históricos, quase tudo tombado. Uma das aulas que faço aqui é sobre Civilização (nunca ouvi falar de um curso desses no Brasil), mas basicamente falamos de tudo que concerne à civilização européia, sempre comparando com nossas países de origem. Em geral, temos sempre pelo menos 10 nacionalidades na turma, então é bem rico.



Pois bem: para quem não sabe, Vichy já foi capital francesa. Foi uma imposição alemã na época da Guerra e até hoje os franceses viram o nariz para a história. Fazer o quê, né? O Google não nos deixa esquecer. Esta semana, minha professora de civilização comentou um pouco sobre os bastidores da época em que Vichy foi capital. Longe de mim querer fazer alguma conexão espúria entre políticos e bordéis, mas a verdade é que não vieram para Vichy as famílias e os políticos. Vieram os militares, os políticos e... bem, as dançarinas de can can já estavam aqui esperando. Resumo da ópera: muitos dos edifícios de hoje são ex-bordéis. E tombados! Não pense em trocar um papel de parede sem avisar a prefeitura... se eu tenho aulas em um ex-bordel? Puxa, não... mas meu prédio é incrível! Olha ele aí: Le Licée des Célestins!

E em Vichy tem igreja? Claro que tem... com gárgula e tudo! E valem as fotos!



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