Inverno
Estou devendo posts? V?rios, mas a desculpa ? boa: hoje a sensa??o em Aix ? de 2?. Estou de galochas e decidida a dormir com elas. O frio congelou meu c?rebro...

| às quinta-feira, novembro 05, 2009
Estou devendo posts? V?rios, mas a desculpa ? boa: hoje a sensa??o em Aix ? de 2?. Estou de galochas e decidida a dormir com elas. O frio congelou meu c?rebro...
Marcadores: Budapeste, Hungria | às segunda-feira, outubro 05, 2009
Passei uma semana na capital húngara: Budapeste. Fui com a missão de apresentar meu trabalho em um congresso europeu junto com um grupo de brasileiros e franceses. Saí de Lyon junto com uma amiga e fomos rumo ao leste: Lyon-Frankfurt-Budapeste. Que viagem! Não escrevi posts de lá, porque não tinha tempo para colocar fotos que ilustrassem. E, convenhamos, Hungria sem foto não faz sentido! Mas escrevi para minha família e, agora, aproveito para reeditar essas mensagens e ilustrá-las para o blog. Espero que minhas impressões passem a meus leitores ao menos 1% do meu encanto com a Hungria e com os húngaros...
1º momento: a chegada
Na Hungria, nada, absolutamente nada, nada mesmo no mundo, é escrito em outra lingua que não o húngaro. E eu entendo bem o Chico Buarque quando diz que "nem o diabo fala húngaro". Aliás, nem "húngaro" se escreve "húngaro" em "húngaro". A lingua que eles juram que falam é o Magyarország. Eu aguento? Eu só aprendi uma palavra: "obrigado". Por sinal, a mesma palavra que a lixeira do McDonald's sabe em qualquer canto do mundo. Quando o parâmetro é aprendizado de húngaro, vê-se bem que meu nível equipara-se ao da lixeira. Fazer o que, né? Cada um com seus talentos.
Esquecendo o húngaro, posso dizer o óbvio: Budapeste é linda, linda, linda. Um sonho de cidade. Vocês PRECISAM vir aqui. Ponto final. No dia em que saímos do congresso, fomos a um jantar em um barco no canal que liga "Buda" e "Peste". Rapidamente, eu fiz cara de interrogação, disse o universal "ahn?" e entendi, mal e porcamente, que eu estava em Peste (não gostei dessa parte...), a parte nova da cidade. Nova? Mesmo? Não parecia... "nova sim, é do século 18". Ah, bom... Buda era a parte antiga. "Antiga quanto?". Entendi num inglês-húngaro, tarefa que eu passarei a encarar com uma penitência, que tinha mais de 1.000 anos. E que esse era o único registro possível. Ah, bom...!
A pergunta que não quer calar: "e a comida húngara, hem?" O jantar no barco estava estava maravilhoso. Comi umas coisas que não tinham nome (ainda bem, qualquer coisa com mais de 10 letras e 15 acentos na mesma palavra me dá indigestão prévia). Juramos que era goulash, juramos que não era, e parece que não era mesmo. Um dos brasileiros, que é um entendedor de massas, disse logo "isso é que nem gnocchi. eu conheço massa cozida de batata até na Hungria". E não é que era mesmo? Uma espécie de gnocchi pós-atropelamento que nós comemos com um molho de carne bem apimentada. Depois dos filés crus de arenque que acidentalmente pedi em Lyon, comi, repeti... e o almoço já tinha sido ótimo. Obrigada, seu garçon! Opa, peraí, "obrigado" em húngaro eu já sei (eu e a minha amiga lixeira). "Kósonam"? Er... pela cara do garçon, não. "Kótsonuam"...? Não, né, moço? Na dúvida, sorrisão e sinal de "positivo". Que esperanto, que nada... a lingua universal começa com "ahn??" e termina com "aaaaaaaaah...". Essa, todo mundo entende! Até o diabo!
Marcadores: Lyon | às segunda-feira, outubro 05, 2009
Lyon é uma dos grandes centros urbanos da França. Para quem está no sul da França, o ponto de troca de trens é Lyon e não Paris. Então, eu já tinha passado algumas vezes pela estação de trem de Lyon em minhas andanças pelo mundo. Mas a verdade é que eu nunca tinha parado, realmente, para conhecer Lyon. Um pecado...
Passei dois dias lá com minha companheira de viagens preferida, que agora é nômade e mora uma semana em cada cidade (ainda chego lá!). Que graça de cidade! Grande, é claro. Muito trânsito, muita gente, muita bicicleta. Opa, bicicleta? E como! Todo mundo em Lyon anda de bicicleta. Também, com essa estrutura... olhem bem o espaço na margem do rio.
Pois bem. Lyon é mesmo encantadora! Tem tudo o que uma cidade grande tem. E, de quebra, tem ares de cidade do interior na parte antiga. Com direito a carrossel e fontes na rua!
Uma coisa me chamou a atenção especialmente em Lyon. Não é uma cidade nem um pouco plana. Muito pelo contrário! Vejam a igreja lá no alto. É a Fauvière, uma jóia...
| às terça-feira, setembro 15, 2009
Eu moro em uma rua que fica a uns 20 metros da Mairie de Aix, em uma praça linda e que atrai toneladas de turistas. Na minha rua há várias lojinhas de souvenir, então sempre que olho pela janela, os turistas estão como formigas, animando a rua, cheios de sacolas, e fazendo muito barulho. E, graças aos turistas, há um músico que toca inesgotavelmente a mesma música todos os dias. E eu, todos os dias, olho para o sol brilhante lá fora, os turistas todos falando pelos cotovelos, e penso "pra que tanto barulho no mundo?".
Hoje o tempo amanheceu frio, frio mesmo. Chovendo, ventando, e todos os turistas encapotados, de touca, sobretudo e guarda-chuva. O músico não veio e eu tive um agradável dia de estudos em silêncio. No final do dia, quando a fome apertou, resolvi descer para comprar pão, vi a chuvinha fina que caía e pensei "ah, pra que guarda-chuva? É aqui na esquina". Peguei um casaquinho levinho e fui. É claro que a chuva torrencial que caiu no momento em que eu dei o 10º passo fora de casa foi uma retaliação por maldizer os turistas. Mas a padaria era do lado, me molhei um pouco, mas fui. Tinha pão? Claro que não, afinal, eu não tinha me molhado o suficiente. Lembrando da ascendência brasileira, dei-me conta de que "quem está na chuva é para se molhar", e fui à próxima padaria. Molhada, mas com a baguete dentro da bolsa (porque eu já estou adotando uns hábitos franceses inovadores), voltei pra casa tranquila. Afinal, chuva é só água, né? Quando eu estava pingando a apenas três passos de casa, passou um carro em uma poça. Mais água? Antes fosse. Mas não: cheguei em casa completamente, totalmente, ridiculamente coberta de lama. Mas a baguete estava sequinha.
Esta noite, eu juro, vou pedir um dia de sol bem bonito para os turistas amanhã. Se bobear, jogo até umas balinhas da janela pra garantir a animação das formigas. Porque água, tudo bem, mas lama é sacanagem.
Marcadores: Studio | às sexta-feira, setembro 11, 2009
Marcadores: Aix-en-Provence, Gaston de Saporta, Hotel de Ville | às sexta-feira, setembro 11, 2009
Marcadores: Aix-en-Provence, Provence | às sexta-feira, setembro 11, 2009